terça-feira, 7 de outubro de 2008

Fernando Pessoa e a Publicidade

"Primeiro estranha-se. Depois entranha-se." coca-cola

"Eu explico como foi (disse o homem triste que estava com uma cara alegre), eu explico como foi..."Quando tenho um automóvel, limpo o. Limpo o por diversas razões: para me divertir, para fazer exercício, para ele não ficar sujo."O ano passado comprei um carro muito azul. Também limpava esse carro. Mas cada vez que o limpava, ele teimava em se ir embora. O azul ia empalidecendo, e eu e a camurça é que ficávamos azuis. Não riam... R camurça ficava realmente azul: o meu carro ia passando para a camurça.Afinal, pensei, não estou limpando este carro: estou o desfazendo."Antes de acabar um ano, o meu carro estava metal puro: não era um carro, era uma anemia. O azul tinha passado para a camurça. Mas eu não achava graça a essa transfusão de sangue azul."Vi que tinha que pintar o carro de novo. Foi então que decidi orientar me um pouco sobre esta questão dos esmalres. Um carro pode ser muito bonito, mas, se o esmalte com que está pintado tiver tendência para a emigração, o carro poderá servir, mas a pintura é que não serve. A pintura deve estar pegada, como o cabelo, e não sujeita a uma liberdade repentina, como um chinó. Ora o meu carro tinha um esmalte chinó, que saía quando se empurrava.
"Pensei eu: quem será o amigo mais apto a servir me de empenho para um esmalte respeitável?
Lembrei me que deveria ser o Bastos, lavadeira de automóveis com uma Caneças de duas portas nas Avenidas Novas. Ele passa a vida a esfregar automóveis, e deve portanto saber o que vale a pena esfregar.
"Procurei o e disse lhe: Bastos amigo, quero pintar o meu carro de gente. Quero pintá lo com um esmalre que fique lá, com um esmate fiel e indivorciável. Com que esmalte é que hei de pintar?"Com Berry/Loid, respondeu o Bastos e só uma criatura muito ignorante é que tem a necessidade de me vir aqui maçar com uma pergunta a que responderia do mesmo modo o primeiro chauffeur que soubesse a diferença entre um automóvel e uma lata de sardinhas". tintas Berry/Loid

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Os nossos olhos são diferentes todos os dias"

Os nossos olhos só vêem o que queremos, não é possível troca-los, mas a cada dia que passa eles são diferentes, pois nós dia a dia conseguimos ver coisas novas. O que eu quero dizer com isto é que nós temos que ter os olhos abertos para tudo o que nos rodeia porque a cada esquina que passamos os nossos olhos descobrem novos objectos, situações e objectivos.
Por isso eu não posso deixar de acreditar que apesar dos nossos olhos serem os mesmos, eles são diferentes todos os dias, não posso deixar de acreditar que todos nós temos esta capacidade.
Mas sera isso verdade?
Com isto a mensagem que eu vos quero transmitir é que quando forem na rua olhem a vossa volta e procurem estes novos objectos e estes novos objectivos que eu falei, porque irão descobrir as coisas mais interessantes que se pode imaginar