domingo, 29 de março de 2009

Eurico, o Presbítero

Eurico, o Presbítero é um romance histórico publicado em 1844, fala a respeito do fim do Império Godo na região que actualmente compreende a Espanha, diante da conquista dos muçulmanos que avançaram pela maior parte da Península Ibérica.
A obra conta a história de amor entre Eurico e Hermengarda. Eurico e seu amigo, Teodomiro, lutam ao lado do imperador da Espanha, depois de vencer o combate, Eurico pede ao Duque de Fávila a mão de sua filha, Hermengarda, porém este recusa o pedido ao saber que se trata de um homem de origens humildes.
Eurico, então, entrega-se à religiosidade, tornando-se o Presbítero de Cartéia, para se afastar das lembranças de Hermengarda, através das funções religiosas e da composição de poemas e hinos religiosos.

Alexandre Herculano

Alexandre Herculano nasceu em Lisboa, em 28 de Março de 1810 numa modesta família de origem popular. Até aos 15 anos frequentou o Colégio dos Padres Oratorianos de S. Filipe de Néry, então instalados no Convento das Necessidades em Lisboa, onde recebeu uma formação de índole essencialmente clássica, mas aberta às novas ideias científicas. Em 1842 retomou o papel de redactor principal e publicou o Eurico o Presbítero, obra maior do Romance Histórico em Portugal no século XIX. Mas a obra que vai transformar Alexandre Herculano no maior português do século XIX é a sua História de Portugal, cujo primeiro volume é publicado em 1846. Obra que introduz a historiografia científica em Portugal, não podia deixar de levantar enorme polémica, sobretudo com os sectores mais conservadores, encabeçados pelo clero. Atacado pelo clero por não ter admitido como verdade histórica o célebre Milagre de Ourique – segundo o qual Cristo aparecera ao rei Afonso Henriques naquela batalha.. Em 1857, após o seu casamento com D. Mariana Meira, retira-se definitivamente para a sua quinta de Vale Lobos (Azóia, Santarém) para se dedicar (quase) inteiramente à agricultura e a uma vida de recolhimento espiritual - ancorado no porto tranquilo e feliz do silêncio e da tranquilidade, como escreverá na advertência prévia ao primeiro volume dos Opúsculos. Em Vale de Lobos, Herculano exerce um autêntico magistério moral sobre o País. Aquando da segunda viagem do Imperador do Brasil a Portugal, em 1867, Herculano entendeu retribuir, em Lisboa, a visita que o monarca lhe fizera em Vale de Lobos, mas devido à sua débil saúde contraiu uma pneumonia dupla de que viria a falecer, em Vale de Lobos, em 13 de Setembro de 1877.

terça-feira, 24 de março de 2009

Bernardim Ribeiro

Bernardim Ribeiro foi um escritor português renascentista. A sua principal obra é a novela Saudades, mais conhecida porém como Menina e Moça. Frequentou a corte de Lisboa, colaborou no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, que assim como Bernardim pertenceu à roda dos poetas palacianos juntamente com Sá de Miranda, Gil Vicente e outros.
Foi o introdutor do bucolismo em Portugal.
As suas obras tem praticamente todas o mesmo tema, a infelicidade amorosa.
Presume-se que Bernardim Ribeiro nasceu por volta de 1482. Não se conseguiu ainda provar que este poeta Bernardim Ribeiro e um seu homónimo que frequentou, entre 1507 e 1511, a Universidade de Lisboa, e que em 1524 foi nomeado escrivão da câmara, fossem a mesma pessoa. Também não se sabe ao certo a data da sua morte, mas pensa-se que foi em 1552.

Menina e Moça

Menina e Moça é um romance de Bernardim Ribeiro, também conhecido como Saudade. Foi editado por três vezes no séc. XVI: 1554, 1557-58 e 1559.O texto representa uma convergência de tópicos ficcionais, quer no plano da história literária (agregando ingredientes da novela de cavalaria, do romance pastoril e da novela sentimental), quer no plano do conteúdo (pela conversão a um lugar de encontro, feminino e lamentoso, da Menina - que inicia o livro com um monólogo de evocação de deslocação e de mudança de vida - com uma Senhora, com a qual discute histórias de amores infelizes, que se intercalam na acção central da ficção).
Lugar e mudança convertem-se em pólos de uma nostalgia amorosa e do fatalismo do sofrimento.